Diário de euranni

Dear Diary,

Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025.
medo     

Dear Diary, Público
As coisas estão... confusas. Uma névoa dourada que mal começou a se dissipar, e já temo o vento que pode levá-la embora. É desesperador, este medo de que uma fase boa, tão nova, tão frágil, possa ter seu fim tão perfeitamente à vista.

Ao mesmo tempo, uma animação inquieta pulsa em mim, misturada ao receio do que está por vir. Medo de não saber como reagir, como agir, que palavras escolher. Sei que pode parecer estranho, mas é assim que me sinto na maior parte do tempo. Tenho a estranha sensação de que o futuro não foi tecido para os meus passos; não consigo encontrar o ânimo para habitá-lo, por mais promissor que ele se apresente.

Em resumo: encontrei alguém. Alguém com quem a vida ganha cor e sentido, com quem desejo construir e planejar. E a semente é recíproca, o que a torna ainda mais preciosa.

Em contrapartida, ainda navego as marés turbulentas de uma medida protetiva na Lei Maria da Penha, por agressão psicológica sofrida nas mãos de um ex-parceiro. São dois oceanos se encontrando dentro de mim: um de esperança, cálido e sereno; outro, de tempestades passadas que ainda tentam afogar minha paz.

Meu cérebro, acostumado a se defender, agora não sabe bem como render-se à calmaria. E talvez seja por isso que a confusão se faz tão presente. O coração quer voar, mas a mente ainda lembra do peso das correntes.


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