Diário de andressajulieth

O momento

Sábado, 24 de Outubro de 2020.

O momento Público
Hoje foi um pouco diferente e meio que chato.
Pra começar a resumir esses últimos meses.
Estou morando somente eu e o Lorenzo, a casa tem quase tudo já, ganhei muitas coisas do SOS mulheres, máquina da mãe e armário e mesa da Vanessa.
Não é fácil morar só e as vezes triste, mas com fé em Deus foi me adaptar.
Na loja o mês de setembro foi o mais dificel para mim e talvez o mais cansativo. Tá uma mistura de emoções nada boas minha vida. Me sinto vazia, triste e angustiada. Ontem tive ataque de Pânico no trem, foi como se estivesse presa, sufocada.
Agora voltando para hoje... Na hora de vim embora me deparei com o Marcelo no trem, aquele obreiro. E foi como se passasse um feche na minha frente. Imaginei como onde tudo começou a dar errado na minha vida. E foi no exato momento que entrei naquele ônibus para MS e deixei ele. Aí fico pensando a menina firme na igreja com cursos, trabalho e namorado. Como seria hoje?
Talvez possa estar errada mas não teria acontecido muita coisa na minha vida. Adeus Wellington, suicídio, humilhação, falsa gravidez. Ele não teria passado na minha vida. Não teria conhecido o Robson ou o Jackson, não teria voltado e visitado o pocam na cadeia. Eu seria uma mulher casada, firme na igreja, exercendo minha profissão. Tudo seria diferente... Talvez bem melhor!
Eu não teria enfrentado tudo que passei e muito menos teria a vida que tanto desprezo hoje, não estaria sofrendo mentalmente. Eu não sei como seria, mas sei que teria evitado tantas coisas e eu simplismnte não tivesse tivesse subido naquele ônibus... Tanto arrependimentos e consequências pra vida toda. Eu era esperta de mais para me deixar levar, para fraquejar.
E hoje quando me olho no espelho só vejo fraqueza, medo, insegurança!
Muitas pessoas falar .... Na verdade agora não me resta mais amigos, paquera. Eu tô tentando ser forte pelo Lorenzo, mais tá dificel cada dia.
Eu sei exatamente onde me perdi, onde errei, mais é tarde de mais, são cicatrizes para vida toda, dolorosas e profundas. Antes me orgulhava de falar tudo que vivi, lugares que viajei, hoje só sinto vergonha, do que adianta tanta bagagem e pouco aproveitamento. Talvez eu nunca fui tão esperta como eu pensei. Eu virei as costas para tudo, se eu pudesse apagar meu passado, voltaria aos meus 17 anos e
recomeçaria de onde parei de ser feliz!
Mas infelizmente não é bem assim.

Beijinhos G.M


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