Diário de margaridait

Almas Gêmeas

Quinta-feira, 29 de Agosto de 2024.

Almas Gêmeas Público
Vinte anos de idade e mais uns poucos para adicionar à contagem que me aproximam dos temidos trinta e algumas questões permanecem no meu pensamento, algumas questões do coração que em pouco envolvem o racional. E entre várias está uma questão que muitos têm, adaptada a cenários diferentes. Essa questão é "E se?".
Passaram-se oito anos desde a primeira vez que coloquei os olhos numa criatura que me fez viajar pelo universo num curto espaço de tempo, enquanto os meus pés permaneciam na terra. Uma criatura que já tinha conhecido anteriormente sem saber quem era.
Foi precisamente à oito anos atrás que, ao iniciar um novo ano, conheci alguém sem nunca ter falado com ele na verdade, mas ao primeiro olhar senti que já o conhecia de outras vidas passadas.
Durante um ano inteiro tive a sorte de me cruzar com ele pelo menos uma vez ao dia, e cada vez que o via era como se tivesse a olhar para ele pela primeira vez. No olhar de outras pessoas não tinha nada de especial, e alguns até perguntavam "Mas o que é que vês nele?", e a verdade é que até hoje não sei dizer mas existe algo, que me fez continuar a acreditar em almas gêmeas, e até hoje acredito, mesmo passado oito anos de não o ver uma única vez.
Para minha tristeza, e quem sabe devido pura e simplesmente à minha timidez, nunca tive coragem de dizer uma única palavra, na verdade apenas vê-lo era o suficiente para ficar feliz durante o resto do dia. Apesar disso, hoje em dia sinto que poderia ter feito algo mais para o conhecer, mas ao mesmo tempo penso "Para um ser como eu, que não consegue amar a mesma pessoa durante muito tempo, será que se o tivesse conhecido melhor teria ainda esta mesma ideia de que ele é, muito provavelmente, a minha alma gêmea? Ou teria eu desfeito em mil pedaços, o amor que uma vez senti por ele devido ao medo de amar?"
Podemos dizer que este carrossel de emoções conseguiu encontrar energia para funcionar na simples questão "E se?, E se tivesse feito algo para o conhecer melhor? E se um dia eu o encontrar na rua sem saber que é ele? E se eu voltar a ter uma oportunidade?"
À cerca de três meses vi uma luz ao fim deste túnel sem fim, uma confidente minha, única pessoa que sabe o quanto ele significa para mim, vi-o na rua a andar, isto passadas 24 horas de lhe confessar que até hoje pensava nele, com uma frequência avassaladora para o meu emocional e racional e aqui nasceu então uma nova questão: " Será que ainda é possível?"


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