Memórias, Crônicas e Declarações de Amor
(Abstrato.)
A se sentir no espaço. Flutuando perante estrelas. O roxo, azul, cor-de-rosa... E a ausência da existência. Elas são as brilhantes testemunhas de um delicado caos, da vítima de um sórdido destino.
A querer ser mais. A tentar e falhar, de novo e de novo. A solidão que se sente no meio da multidão, uma dioneia em meio ás mais belas flores.
Elas cheiram a rosas. Eu cheiro a morte.
Ao bater de um coração cinzeiro, que pra nada mais serviu, serve e servirá. Desistência popular até agora, futuro pré-escrito de caneta. Não há corretivo pra mim, literal ou metafórico. Eterno sentimento de abandono, não importa o quanto eu me faça sangrar.
Minha garganta fechou depois que eu abri os olhos nesse mundo, e por mais que hajam rezas e súplicas, não respiro desde que amar deixou de ser escolha. Como correr da sua própria sombra?
Eu não era assim. Ela morreu.
Caminho sem volta, trapaceiro e cruel.
Sinto que viver é como um mar de rosas, com espinhos. Só se pode ser feliz se aprender a apreciar a ardência desses cortes.
A tudo isso, um eventual brinde. Quando eu for eu de novo. Me resta esperar.
Queria uma mão pra apertar a minha. Aqui é frio.
XO, Andrômeda
Comentários (1)
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Segunda-feira, 09 de Janeiro de 2023 �s 23:30
Faça florescer em você um jardim cheio de frésias.